terça-feira, 9 de setembro de 2008

Homenagem

Fonte de carinho, paz, felicidade, aconchego, calor, amor. Todo mundo espera do seu par, o complexo é lembrá-los e reconhecê-los. O ser humano, como já disse em textos anteriores, prescinde de convívio social, em especial o amoroso.

Dele deseja a moça aquele príncipe alto, moreno e olhos azuis, num carro importado e apartamento à beira-mar. Dele espera o moço aquela princesa gostosa, loira, corpuda, cabelo longo e liso, olhos verdes, sorriso alvo, de conversível e muito dinheiro para lhe bancar. Lógico, nem todo mundo pensa assim, só a maioria, claro! E se vem acompanhado dos itens citados no início do texto, nossa, só pode ser filme.

A vida é bem mais dura, calejante, só podia, somos cercados por seres pervessos, desumanos, até o ponto de nos espelharmos nestes. Há dias em que olho para meu interior e enxergo... não enxergo. A escuridão consome por vezes nossos sentimentos e atos. 

Daí o destino me coloca uma luz, uma chama a qual carrego hoje dentro do peito. Uma felicidade, uma paz, um aconchego, um calor, um carinho, um amor... uma princesa, morena, meio magra, cabelo cacheado, bagunçado, olhos grandes, sorriso gostoso de se ver, celtinha surrado, com uns trocados pra eu explorar.

Acho que ele foi bom pra mim, nem todo mundo tem essa sorte de ter consigo uma companheira tão astuta, lesa, feliz, chorona, amável, brava, cuidadosa, ciumenta, humilde, elegante, um verdadeiro anjo de asas escondidas. Acho que mudei para recebê-la, e mudei por recebê-la.

Dou este conselho para todos que amam: quanto mais negras as suas atitudes, mais próximo à escuridão estará, porém quanto mais belos seus atos, de múltiplas bençãos estará coberto. Quero continuar trilhando um caminho alvo e me deparar com graças próximas a que adquiri. Até parece que virei crente... não é bem isso, aprendi a acreditar no amor.

Parabéns meu amor, espero acompanhar todos os anos de sua existência que me forem possíveis. Amo-te imensamente, na mais pura e verdadeira verdade.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

O Retorno à digitalização

Olá restrito grupo de pessoas que um dia já bisbilhotaram este blog! Como plano de um passado pouco distante, volto a escrever por aqui. A inspiração a muito já me tem atiçado, contudo a preguiça e os demais afazeres, inclusive estudo e busca de emprego, desmembraram algumas investidas.

Hoje volto ao mundo digital! Sim! Não apenas ao blog, mas ao computador, o qual ficou seriamente danificado por um espírito malévolo o qual técnico algum jamais viu e verá, não se soube ao certo se softwares ou hardwares foram danificados, apenas tive a feliz notícia que o coitado voltou ao estado normal. Espero que prossiga sã a sua vida útil.

Esse tempo de abstinência digital me fez refletir sobre o quão importante tornou-se o computador contemporaneamente, ou se não para os que me rodeiam, tornou-se, sim, para mim. Sou daqueles que tentam resgatar os modos clássicos de gozar a vida, como jogar pião, assistir Jaspion e beber Guaraná Brahma (pelo menos até a época em que as últimas garrafas produzidas tiveram validade, hoje bebo Cajuína), todavia estou constantemente sendo bombardeado por uma onda digital. Câmera digital, mp3, palmtop, TV LCD, por todo canto! Até que esses são descartáveis, mas o tal do computador, este a minha frente, parece necessário ao meu existir. É máquina de datilografia, calculadora, video game, telefone, até supermercado!!!

Fiquei pasmo os dias que fiquei distante desta máquina. Mesmo sabendo de todas as funções que ele me auxilia, só se mostrou perceptível sua necessidade quando fiquei impedido de usá-lo. Daí voltei minha atenção para as demais máquinas, o carro, a máquina de lavar, a TV, o celular, como somos dependentes. E isso não é ruim, por um lado, já que existem para auxiliar a vida humana. Porém, se um dia passar uma tempestade eletromagnética espacial próxima à órbita da Terra e causar curto em todos os microchips existentes?!

É pessoal, isso não é impossível. E algo mais provável: faltar água para mover as turbinas das hidrelétricas por um longo tempo, ou mesmo o petróleo e o carvão natural, os quais estão "em extinção". Tendo em vista (pessimista) a tímida evolução das energias alternativas, logo logo toda essa parafernalha eletrônica e digital vai virar sucata e teremos de nos adaptar à vida clássica mais uma vez!

Bem, não sou louco (acho), é apenas uma hipótese, a qual não julgo ser de todo bem (onde assistiria os episódios de Jaspion e de Anos Incríveis), nem de todo mal (nos veríamos mais, nos tocaríamos mais, nos amaríamos mais), mas seria interessante, pois floresceu em minha mente.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Loading...

Inspiration is Loading ...
Depression is Loading ...
Evil Mood is Loading ...

70 % to finish.

domingo, 22 de junho de 2008

Um Oasis in the morning

À primeira vista
“Oi, tudo bem?”
natural, sincero
sem escândalos e agarramentos
ele me cumprimenta
e sai com seu passo de urso, arrastando um chinelo.
Um sinalzinho do lado esquerdo do rosto
- charmoso,
uns olhinhos puxados
que fazem puxar uma conversa interessante
e perceber que na alma há uma pureza,
uma pureza masculina, porém, digna
digna de devoção por sua amizade.
Quando a intimidade se faz recíproca
ele se revela um humorista e tanto
- Mete a catana mesmo!
e permite um xingamento carinhoso
do tipo: leso, besta, sem-percepção...
Farra mesmo é quando ele cortava seu cabelo,
um topetinho arrebitado,
lembro até de Carol dizer: “Ecaaa!Vai ficar cheio de micróbios!”
sem falar naquele livro sobre a vida sexual dos ditadores,
tá, eu sei que você não é nenhum tarado,
(o conhecimento sobre intimidades de Hitler
me deixou ainda mais avessa àquela mente totalmente insana!)
é só curiosidade!
Ah, que saudade!
Saudade...
de manhã guardar um lugar pra ele
naquela sala de um branco enorme e frio
a terceira cadeira azul
e o trio se instalava ali
para mais um “round” de recadinhos,
xingamentos, pedir ajuda com o exercício de química,
bater com a corrente na leseira alheia,
filar uma aula de redação
que ensinava “Como se dar mal no Vestibular”,
acontecimentos que faziam minha alma
ser recarregada de uma intensa alegria
que a gente compartilha quando tem amigos!
Me trazia músicas do Oasis, do Travis e do Coldplay,
era meu gravador de cd’s preferido!!!
Ainda hoje escuto Sing numa nostalgia
que me conforta,
e eu sou realmente abduzida por ela.
Brincadeiras à parte
aprendi a conhecer seus estados de espírito,
quando aqueles olhos quase nem se abriam direito
ao dizer “Bom dia”
eu sabia que vinha muita preguiça pela frente,
ou então, se ele ficava mais calado,
sem meter a catana em todo mundo,
aí a coisa estava mesmo brava!
Mas ele era sempre mais extrovertido que triste,
e distribuía um sorriso às vezes de um cinismo engraçado
por uma piada sem-graça,
ou um sorriso sincero
deixando ver que mundo bonito há dentro
daqueles olhos apertadinhos
repletos de estrelas.
Tenho saudades desse meu amigo,
um dos poucos,
senão o único,
que conseguiu me fazer derrubar uma muralha
existente por muitos anos
quando não conseguia ter nenhum amigo.
Amigas sempre tive,
mas você, meu querido,
foi o primeiro que me permitiu
dar esse amor que eu sempre tenho guardado
pra dar a quem de mim gostar e se aproximar
com uma roupa muito limpa:
guarnecida pelas irmãs verdade e honestidade,
uma roupa invisível aos olhos
mas não à alma.
Aqui está um poema
pra que você sempre se lembre
da gratidão que tenho
por ser meu amigo.
Espero ainda poder chamar você de leso
muitas e muitas vezes!
Sou regada,
toda manhã,
pela lembrança viva
de dizer:
“Bom dia, Paulinho!
Tem um lugar lá pra você... atrás de Carol.
Depois bota os livros na minha cadeira!”
É assim:
Você terá sempre seu lugar reservado
dentro do meu coração.



Jaquelyne de Almeida Costa
20/06/08
Obrigado minha querida amiga Jaqueline pela dedicação de gastar seu tempo escrevendo sobre mim. Você fez de minha lembraça algo virtuoso, coisa que nem todo mundo prefere apreciar. Espero que esse texto dê-me um pouco de inspiração para continuar meus escritos. Beijos

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Amor

Amor, o sentimento mais nobre, mais belo, do qual deriva todas as demais qualidades. Por que escondê-lo? Encubá-lo num pote de cerâmica? Por que amar sozinho?

Bem, se eu soubesse seria o escritor de auto-ajuda mais rico e feliz do mundo. Se eu soubesse todas as respostas das perguntas que faço neste blog seria, no mínimo, sobrenatural. E melhor ainda, não perguntaria a vocês.
Ainda mais hoje, dia dos namorados, sozinho, sem ter a quem destinar meus mais puros sentimentos, faço mais uma pergunta: para que se entregar ao amor?
Bem, essa eu aventuro a debater, ou, no caso, monologar.
Para se entender o amor, é necessário mais que uma visão material do mundo, é preciso ter um senso espiritual elevado, pois o hipocentro do amor está no divino. Seu epicentro encontra-se na relação das almas gêmeas.
Dizem que apenas os homens raciocinam. É provável. Contudo não se carece raciocínio para amar. Julgo, então, que só o homem raciocina, mas todos os seres amam. Se o Divino os fez com todo seu amor, amor há de existir neles.
Por que a aranha-macho teria relações sexuais com a aranha-fêmea, se no final ela o matará? Por que, após o parto, os filhotes tubarões permanecem próximos à mãe, se correm o risco de serem mortos por ela? Por que certos animais se beijam como humanos? Por que a mamãe cadela protege seus filhotes com a própria vida? Por que o casal de curió voa sempre um atrás do outro, procurando não se separar muito? Seria apenas extinto animal?
Discordo. Há amor.
Onde há sacrifício, sofrimento pelo próximo, compaixão, entrega absoluta, existe sempre amor.
E para que essas aflições? Para sentir, ou pelo menos ter a esperança de sentir, o calor ardente, ao mesmo tempo aconchegante, do amor recíproco.
É por isso que tantos amam sozinhos. Mas não há de se esconder tal sentimento. Se é o mais nobre dos nobres, por que temê-lo? Subtrai-lo?
Medo de sofrer, vergonha em sentir, temporalidade do sentimento, bem, isso não é amor.

Amor é sentar encostado numa árvore frondosa, sobre a terra fria, sentir seu tronco te massagear, suas folhas te acariciar, sua sombra te proteger, sua aura te encantar, te fazer feliz, te amar.
É olhar para trás e ainda sentir a árvore. É seguir pelo futuro esperando seus frutos.
É por isso que se deve entregar-se ao amor.
É por isso que não irei me abster dessa dádiva.

domingo, 8 de junho de 2008

Lua Luar

Se não és o sol
Que esquenta tudo
Pode ser a lua
Que vive a brilhar
Na escuridão
De algum lugar

Se não és a terra
Que vive a sangrar
Pois será o fruto
Que gerará semente
E outras sementes
Por você virá

Se não és o vento
Que levanta poeira
És a visão do mundo
Quando agente olha
De uma ribanceira

Se não és só minha
Pelo descaminho
Tu serás o verso
Que faço sozinho
E te mando agora
Em cima da hora.

Charlie Augusto


PS.: Pra compensar a falta nesses dias, este segundo post.

Bobo

Sou um bobo, sim, eu mesmo!

A vida é um carretel de linha azul, na qual são amarradas em seqüência felicidades, decepções, conquistas e perdas. Sou um ser minúsculo e leso que caminha sobre a linha azul, imaginando só encontrar pela frente felicidades. Boboca. Esqueço quase sempre que o mundo é composto por humanos.

Por que sempre egoísmo?
Sei muito bem que estou sendo egoísta criticando o egoísmo alheio, mas para que tudo isso?
Evolução? Para que, a custa de tanto sofrimento?
Este último sábado esqueci da intenção de procurar gente descente: cachaça na mão e poeira no chão foram os remédios temporários para minhas indagações sem resposta. Alguém aí conhece um remédio de efeito permanente? Só não me venham com essa de tempo e paciência.
Um bobo não tem noção de tempo e paciência, será que ainda não perceberam?!
Ainda não procurei na farmácia, será se devo? Drogas são um ótimo remédio para uma mente vazia. Mente vazia...
Acho que é isso!!! Incrível como uma autoanálise dotada de um pouco de humildade é eficaz! Newton, Einstein e Kelsen não tinham esses problemas meu caro superego. Controla o id! E Ego, controla o superego!
A questão seria manter a mente ocupada? Hum, é provável.
Mas ocupá-la não traria novos problemas? Não bastam os já existentes?
O mundo não seria menos problemático se fosse mais pré-determinado?Para cada beija-flor a sua flor, para cada formiga o seu grão, para cada anel o seu dedo, para cada homem a sua mulher.
Para que tanta relatividade?
Nossa, hoje estou "indaguento". As cadeias atômicas da natureza humana não são fáceis de decifrar.
Será essa complexidade a beleza da criação? Será se apenas o divino explicaria? Ou em determinado momento encontrarei as respostas?
Indagações apenas, resposta nenhuma.
Sou um ser minúsculo e leso que caminha sobre a linha azul, imaginando só encontrar pela frente felicidades. Boboca.


PS.: Queridos curiosos, tenho de me desculpar, passei dias sem escrever. Julguei necessário passar esse tempo sem publicar nada, a vontade não me tentou e acontecimentos em minha vida pessoal propiciaram minha falta.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Anjos

"- Ei, você reclama demais!
- Quem, eu?
- Sim, você mesmo!"


Para quem bem conhece, ou para quem já percebeu pelos textos passados, sou sim um reclamante. De tudo.
Oras, todo ser humano há de reclamar de diversas coisas por diversos motivos. Ponho-me num percentual mais elevado de reclamações por dia.Um grande resmungão? Por que não?
Mas como se satisfazer diante de tantos erros cometidos? De tantas injustiças perpetradas? Em face de tantos fatos aberrantes?
Hei de ser um bom observador, como já dizem. Reclamo daquela unha suja do dedão do pé, do motorista imprudente, do calor infernal, da comida fria, do computador lento, dos autores dos livros (de preferência os relativos ao direito), dos livros, dos professores, das provas aplicadas por esses, das aulas desses, daquele chato que não me deixa assistir aula, daquele chato que só quer prestar atenção à aula, da falta de emprego, da falta de comida, da falta de comida para os mais pobres, das injustiças do judiciário, das injustiças dos outros poderes, da minha rinite alérgica, da minha alergia a camarão (é foda).
Mas as minhas principais reclamações são para com os meus amigos. Sim senhor!
Reclamar pelo simples fato é irrisório, fácil e ao mesmo tempo insignificante. Reclamar dos seus amigos é difícil, complexo, mas ao mesmo tempo valoroso. Valoroso? Perfeitamente.
Reclamar por reclamar pode não valer moralmente algo, mas é imprescindível para a natureza humana. Um homem não pode mudar tudo que vê, entretanto pode reclamar e isso o faz se sentir melhor, mais vivo, ou menos infeliz. Comumente reclamar me faz dar grandes risadas, estranho não?
Porém, tratando dos meus amigos, prefiro ser calculista. Constantemente mexo com os seus sentimentos, mesmo involuntariamente, assim como eles com os meus. Logo nossa relação está em outro plano, quiçá superior. Contudo, não me abstenho, reclamo! Tenho uma preocupação acentuada por eles, apesar de às vezes não perceberem. (minha atenção não precisa se dividir tanto, pois não são muitos)
Alguns podem até não perceber, mas sei bem, meu caro amigo, como você é exatamente, da unha do dedão do pé até os fios do cabelo, até as impurezas da alma (pretensioso). E o valor em reclamar contigo é enxergar seu melhoramento num futuro próximo, ver você evoluir, saber que posso ajudá-lo assim como os anjos (mais pretensioso).
Ainda mais elevado é quando posso reclamar sem precisar falar. Não tem como explicar falando.
Também quero reciprocidade, sou humano, olhem, me cerquem e me sequem, quero anjos me rodeando (e quem sabe uma fada).
Reclamem comigo!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Cortesia e Humildade

Pessoal, depois dizem que o créu é imoral: http://www.youtube.com/watch?v=ykZZvdz83FA&eurl=http://aieosso.wordpress.com/2008/04/10/perreo-chacalonero-estranhissima-danca-chilhena/

Vejam isso aí e me digam o que acham!
Esse vídeo e o créu abrem margem para o assunto do nosso monólogo de hoje: a Cortesia e a Humildade.
Aurélio bem pronunciou: Cortesia sf. Delicadeza, amabilidade.
Bem, sinto que sou um cara cortês, entretanto esse negócio de delicadeza e amabilidade está me soando frescura demais! Acho que o Aurélio não me conhece.
Quem vê a expressão logo associa àquele gentleman, cheio de modos e elogios. Mantém seu corpo livre de dissipações, sabe seguir o rio do bem, desviando dos afluentes maldosos. Eis uma característica indispensável para um bom líder.
A liderança há de caracterizar um ser respeitável, honesto, justo, capaz, audacioso, firme e humilde. Tão somente a humildade apazigua as demais qualidades. Sem ela, sem virtudes.
Tudo na vida deve ser guiado por aquele princípio místico-universal do equilíbrio, da nuvem ao vulcão, da formiga à mente humana. A mente humana? Acho que esta fugiu à regra, por caber desequilíbrio e desentendimento em seu interior. Não que sejam únicos em nossas mentes, mas parecem ser imperativos!
E esta instabilidade de raciocínio e decisões mancha os mais belos atributos humanos. Como no texto passado, "o poder corrompe". O poder na mente humana gera uma série de deturpações morais sobre o caráter que irremediavelmente poluem suas atitudes, desconstruindo seu equilíbrio, suas qualidades.
Logo sugiro a utilização de um filtro, sim, pode ser uma peneira: a imagine em sua mão, seu corpo, seus detalhes, sua cor, sinta, emane energia positiva sobre ela. Agora passe por sua mente e filtre essas impurezas, o desequilíbrio.
Sinta que a Cortesia parecerá mais radiante, suas palavras e atitudes serão singelas, amáveis, delicadas, por que não?
Uma breve análise de seus pensamentos e ações pode surtir o mesmo efeito quando bem feita, desde que consubstanciada de humildade.

terça-feira, 3 de junho de 2008

"Hirearquia"

"Hirearquia"!
Para que isso? Para que direito administrativo, essa invenção de algum infeliz que não conhece o bom da vida?
Certamente existem coisas que não me entram e direito administrativo é uma delas. Quem conhece sabe, algo seco, sem graça, fundamentado por um único princípio! Sim, um único! Todos os demais colocaram de enfeite, sim senhor! Do princípio da supremacia do interesse público desdobram-se todos os outros, ou seja, apenas derivados, como o da indisponibilidade, da legalidade, etc. E não me venham pedir um artigo sobre isso! Cansado estou de questionar conceitos. Espere sentado uma atualização do livro do Celso Antônio que logo logo ele pensa nisso também (se já não pensou). Alguém aí está viajando?
Outra que não me passa é a arrogância. Não estou sendo pessoal, pode ter certeza que, se você me conhece, odeio a arrogância, mesmo minúscula, em você. Sei muito bem que também estou sujeito a esse vício, principalmente quando líder de algo singular, ou ainda, quando integrante desse pomposo e regrado meio jurídico. O poder corrompe, corretíssimo. Posso até estar sendo arrogante agora, o poder das palavras é fortíssimo.
Vigilância a todo instante, eis o lema de um amigo.
Meus caros, vocês já se perguntaram alguma vez se, quando analisando seus pecados e defeitos, existe alguma energia negativa vos influenciando? Pois digo, "continua no erro, que o erro te acompanharás", já dizia o poeta dessas igrejas por cá e lá.
Mais uma vez, certíssimo! Continuando num meio cercado de arrogância, mentiras, inveja e falsidade, serei enfim um deles? Viverei melhor ao lado das palhas secas, naquela casinha humilde ao lado dum riacho verde e dum pé de umbú-cajá, onde não se vê nem disarmonia nem discórdia?
Bem, ainda não sei.
Vou aonde encontrar meu amor.

PS.: Peço desculpas pela demora do post de hoje. O atraso se deu por conta de uma prova de direito administrativo, esta bendita!

domingo, 1 de junho de 2008

Surpresas

Surpresas! Que vida filha de uma puta cheia de surpresas!
Tem delas que te abrem um sorriso gostoso, daqueles de avermelhar as bochechas e soar as mãos. Já outras te fazem baixar a cabeça, ficar do tamanho de uma formiguinha sem graça, como o gol do Edmundo aos 45min do segundo tempo, contra meu querido Sport. Mas não se enganem, surpresas são sempre bem vindas, pois quem bem sabe, delas brotará um futuro recheado de boas novas, surpresa nenhuma te fará mal. Às vezes o susto possa te passar uma sensação ruim, mas na frente verás os bons frutos que serão colhidos (vitória sobre o Vasco, nos pênaltis, gol perdido do Edmundo).

Bem, esse texto é do domingo, mas estou escrevendo no sábado à noite, quase meia-noite, sem ter colocado uma gota de álcool na boca, olhando para aquela velha escada encostada na parede descascada no muro. Então não me cobrem mais nada, pois estou um saco, sem saco. Queria dar uma volta, contudo lembrei que estou à procura de mulheres descentes e a uma hora dessas dificilmente terei êxito.

Deixo vocês com um prazeroso verso de Machado de Assis, o qual minha gloriosa, bendita e encantadora amiga Jaque deixou na ferramenta virtual indispensável para o homem moderno, o Orkut:

"Abençoados os que possuem amigos,
os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede,
não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!"


PS.: Este texto não é destinado uma única pessoa. Meus textos possuem várias interpretações, depende de quem lê, da situação e da inteligência de cada um. Bom domingo meus caros.

sábado, 31 de maio de 2008

A Escada

Todos os dias acordo mansamente... gloriosa modernidade que criou o despertador no celular! Mais ainda. Criou o Modo Soneca, no qual o despertador toca em intervalos pré-determinados, pra te dar a oportunidade de mais uma sonequinha. Minha nossa! Uma salvação para a preguiça, um precipício para minhas responsabilidades!!!
Creio que este recurso resgatou alguns neurônios meus da morte, entretanto me faz perder o tempo precioso que tenho. Sim. Já disse José Pereira: "Para que dormir meus filhos? Se o homem podia passar a vida toda acordada estudando? Para quê?"
Bem, não sei ao certo se passaria esse tempo estudando, mas certamente aproveitaria para gozar um pouco desta vida perversa, como também maltratada. Mas voltando ao meu momento matutino... Cá estou eu, pelas nove, nove e meia da manhã, de pés descalços caminhando muribundamente ao banheiro. Feito o serviço, geladeira, não me dou ao trabalho de utilizar copo, já tenho uma garrafa reservada para mim. Voltando à vida moderna, procuro assento na sala, à frente do computador: meu lado tecnológico está me consumindo!
Enquanto o processador gere os dados do HD, abro a porta para o sol da manhã entrar, aconchego-me mais apropriadamente na cadeira e vejo aquela cena de Beleza Americana no muro de casa: http://www.youtube.com/watch?v=UDXjnW3nIWg
Bem, o saco ainda me emocionou, mas o que mais atraiu minha atenção foi a escada que está lá, encostada na parede, meio bamba, ao sol, ao vento, como o saco (ainda está lá agora, no mesmo local). Contudo ela não flutua como o saco, não rodopia nem se move ao deslocar das folhas. Imóvel está. A observação mais importante: está deitada!
Então o bobão começa a se imaginar no mundo astral: subindo a escada de pé, erro sempre uma pisada e me esborracho no chão. Coloco-a deitada, facilmente me desloco por ela, sem problemas de contusões.
Minha vida tem sido uma escada de pé, subo, erro uma pisada, caiu! Subo, erro, caiu! (Isto não é uma menção à música Beber, cair e levantar, que fique bem claro aos engraçadinhos!). Da última vez, eu estava alcançando a Lua, dando tchau pra São Jorge, daí errei a pisada! Meus caros, imaginem a queda.
Decidi por tal escada deitada, só assim não cairia novamente. Entretanto com o tempo percebi que com ela deitada sempre fico no mesmo local, sempre estou aqui, no chão, na Terra, no purgatório, no inferno.
Quero evoluir oras! Tendo aprendido, quero pisar no lugar certo agora! Ponho a escada de pé mais uma vez. Já subi dois, três degraus, e seguirei em frente. Sei bem que errarei alguma pisada de novo, mas da próxima, seguro na lança de São Jorge, e se ele balançar, levo ele junto!

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Egoísmo

Selfishness, Egoismus, L'égoïsme, Egoísmo.
Difícil falar disso, não é? Faz dias que penso em escrever sobre isso, mas fazem trinta minutos que estou sentado aqui, sem saber por onde começar.
De certo, é o pior dos sentimentos humanos, deve ser por isso que é tão difícil tratá-lo.
Seguramente não conseguirei falar dele através de uma visão durkheimniana, ele faz parte de mim, assim como faz parte de você. Segundo o Livro dos Espíritos, de Kardec, é dele que deriva todo o mal, está por trás de todos os vícios, é a verdadeira chaga da sociedade.
Observe bem seus erros, suas mágoas, suas tristezas, seus desvios, no fundo o egoísmo está lá. Não conseguimos fazer nada sem pensar antecipadamente em nós mesmos, às vezes até pensamos que essa é a forma correta de tratar a vida: dinheiro, realização profissional, família, conhecimento, amizades, amor. Vivemos(vivo) tudo de forma egoísta: enganar papai no troco do pão; correr para entregar o currículo antes daquele seu amigo; fechar a cara para sua mãe por ela não ter deixado você sair; esconder um livro em outra seção da biblioteca para só você utilizá-lo; usar suas amizades com objetivos secundários; esquecer que o amor é um sentimento recíproco, solidário, e não solitário.
Mas felizmente tropeçamos! Caímos! Quebramos a cara! Fundo do poço!
Aqui está sua salvação meu caro. A humanidade está destinada ao erro, mas também à evolução. Nada de tecnologia, falo de uma elevação espiritual. O erro nos proporciona compreensão de nossas atitudes, nos mostra as pedras que nos derrubaram, ilumina a escuridão da estrada desviada. Mas como?
Através do sofrimento. Feliz do que sofre, pois bem saberá por onde não mais andar.
Tenho a impressão que a esta altura do texto ou vocês não chegaram até aqui, ou quem chegou, não está lendo nada, só passando o olho. Oras, pare de melodrama Eu Mesmo! Mais parece apresentaçãozinha de Power-Point de mensagens com coraçõeszinhos, crianças e animaizinhos!
Bem meu caro, quanto ao egoísmo, prefiro ficar com essas palavras à la pastor evangélico. Nada de religião, mas pura compreensão da vida vivida.
Pois errei, e sofro.


*PS.: Ferramentas para escrever o texto supra: incenso de absinto, uísque, charuto, coração partido e dor de cabeça seguida de disenteria.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Momentos

Bem, gostaria de continuar com a certa aspereza com a qual iniciei o texto anterior, entretanto, devido à valiosa ferramenta virtual que é o Orkut como calendário de aniversários (frise-se que tenho uma péssima lembrança para nomes e datas), pauso para uma reflexão das amizades, minhas amizades.
Creio serem meus amigos os sustentáculos para esta evolução terrena. Neles me apoio, desabo, impulsiono-me para erguer. Sei bem do que são capazes. Sim! Aqueles grandes e verdadeiros amigos eu sei bem disso, de tudo, das coisas boas e ruins, oras, somos humanos, portadores de um egoísmo sem fim.
Olhando para o passado bate aquela saudade dos momentos bons, felizes, dos sorrisos compartilhados, das histórias bem fofocadas, dos beliscões suavemente provocantes, da vida serena que é compartilhar os momentos com um bom amigo.
Tenho saudade de uma penca de coisas, mas hoje, aumenta-me o desejo de reviver aquela sala fria, naquela fila colada à parede, naquelas três cadeiras as quais foram reservadas cuidadosamente por uma delas. Das risadas avacalhadas, dos besteirois abobalhados sem os quais ser humano nenhum passa pela vida sem prová-los.
Alguns pensam que esses momentos passados não mais voltarão, mas ficarão guardados sempre em um cuidadoso cantinho de nosso coração. Penso diferente: guardo a esperança de reviver as alegrias envelhecidas, a vivência com os amigos do passado. O futuro é incerto. Para mim ele é certo.
Um grande beijo Jaque, minha querida amiga, felicidades hoje em seu aniversário, e sempre enquanto a amizade for eterna. Também dedicado a Carol, em mesmo sentimento e intensidade.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

O Início

Bem pessoal, cá estou eu.
Sim! Eu mesmo! Abordando fatos e pensamentos desconexos desta vida, tentando interpretá-los. Ou simplesmente os transcrevendo. Provavelmente não seja interessante você ler o que vem pela frente, pois bem, vide Google e desfrute das deliciosas curvas digitais das moças desnudadas! Ou porque não dos músculos avantajados de rapazes desavergonhados! Tenho absoluta certeza que você gozará muito mais.
Mas se te interessas pela vida alheia, pela minha vida, minha mesmo, espere e prossiga pelas passagens abaixo.
Encontrarás algo singelo, às vezes aberrante, às vezes trivial, mas sempre sincero.
Não espero nada de ti, caro leitor. Esperem algo de mim, esperem sempre por mim.
Está dado o primeiro passo.