quinta-feira, 12 de junho de 2008

Amor

Amor, o sentimento mais nobre, mais belo, do qual deriva todas as demais qualidades. Por que escondê-lo? Encubá-lo num pote de cerâmica? Por que amar sozinho?

Bem, se eu soubesse seria o escritor de auto-ajuda mais rico e feliz do mundo. Se eu soubesse todas as respostas das perguntas que faço neste blog seria, no mínimo, sobrenatural. E melhor ainda, não perguntaria a vocês.
Ainda mais hoje, dia dos namorados, sozinho, sem ter a quem destinar meus mais puros sentimentos, faço mais uma pergunta: para que se entregar ao amor?
Bem, essa eu aventuro a debater, ou, no caso, monologar.
Para se entender o amor, é necessário mais que uma visão material do mundo, é preciso ter um senso espiritual elevado, pois o hipocentro do amor está no divino. Seu epicentro encontra-se na relação das almas gêmeas.
Dizem que apenas os homens raciocinam. É provável. Contudo não se carece raciocínio para amar. Julgo, então, que só o homem raciocina, mas todos os seres amam. Se o Divino os fez com todo seu amor, amor há de existir neles.
Por que a aranha-macho teria relações sexuais com a aranha-fêmea, se no final ela o matará? Por que, após o parto, os filhotes tubarões permanecem próximos à mãe, se correm o risco de serem mortos por ela? Por que certos animais se beijam como humanos? Por que a mamãe cadela protege seus filhotes com a própria vida? Por que o casal de curió voa sempre um atrás do outro, procurando não se separar muito? Seria apenas extinto animal?
Discordo. Há amor.
Onde há sacrifício, sofrimento pelo próximo, compaixão, entrega absoluta, existe sempre amor.
E para que essas aflições? Para sentir, ou pelo menos ter a esperança de sentir, o calor ardente, ao mesmo tempo aconchegante, do amor recíproco.
É por isso que tantos amam sozinhos. Mas não há de se esconder tal sentimento. Se é o mais nobre dos nobres, por que temê-lo? Subtrai-lo?
Medo de sofrer, vergonha em sentir, temporalidade do sentimento, bem, isso não é amor.

Amor é sentar encostado numa árvore frondosa, sobre a terra fria, sentir seu tronco te massagear, suas folhas te acariciar, sua sombra te proteger, sua aura te encantar, te fazer feliz, te amar.
É olhar para trás e ainda sentir a árvore. É seguir pelo futuro esperando seus frutos.
É por isso que se deve entregar-se ao amor.
É por isso que não irei me abster dessa dádiva.

2 comentários:

Jaquelyne Costa disse...

Para mim o que importa não é o que as pessoas portam por fora, suas riquezas e ostentações. Prefiro e interesso-me somente pelo que trazem dentro de si. A maior riqueza está no coração.Tu, Paulinho, possuis este nobre sentimento que a tantos falta: o Amor.Tiraste as palavras da minha alma quando escrevestes este monólogo mais puro e divino que já li. Paulinho, te amo por existires.Obrigada, reconheço em ti as mãos de um ser maior que nos permitiu o conhecimento através da amizade.Beijos,meu querido!

Anônimo disse...

Complicado falar de amor. Geralmente é uma coisa que me irrita...
Então, prefiro não comentar.

No mais, como já te disse no messenger, gostei de teu blog. Escreves de modo intimista, envolvente e de algum modo político... ahsuhauish.. Sei lá por que eu associo o senso crítico a algo político...

Beijos, Paulinho!

Lei :)